ORDEM NASCENTE

Textos poéticos e filosóficos sobre a ordem nascente
A ordem nascente é ainda elusiva e periclitante. São muitos os profetas apocalípticos que auguram o fim dos tempos, e assim alimentam o medo no ser humano, facto que não pode bem servir a humanidade. Mas há, sem dúvida, crescentes indícios, vestígios, sinais que auguram o fim de um tempo, o ruir das estruturas... MARIANA INVERNO

30 outubro 2005

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Chaves das Pleiades

SEXUALIDADE – uma ponte para níveis superiores de consciência


A sexualidade é uma frequência. A capacidade de descobrir quem são foi deixada intacta e o caminho para essa descoberta é a experiência sexual.
A descoberta da frequência mais elevada da sexualidade tem origem no amor.
O amor é a essência a ser criada em todos os relacionamentos e o ideal é que a sexualidade seja explorada através dos sentimentos.
Os seres humanos são criaturas electromagnéticas e, quando se unem fisicamente a outra criatura humana, somam as frequências electromagnéticas. Quando as vossas frequências estão sintonizadas e unidas pela vibração do amor, coisas incríveis podem acontecer.

A sexualidade é a chave. É a porta de entrada para os planos superiores da consciência.
Quando os corpos se juntam, mesmo que seja através de um abraço, há uma troca de frequência. Quando têm uma experiência sexual, há uma libertação de hormonas dentro do corpo. As hormonas despertam determinadas energias dentro das células, que provocam uma transferência de essência de uma pessoa para a outra. É por isso que quando têm uma relação sexual com alguém, nem sempre conseguem eliminar a energia dessa pessoa. Mesmo não querendo estar com a pessoa, a experiência sexual permanece convosco, porque houve uma troca electromagnética.
Dentro da frequência sexual há uma troca. Assim, se existe uma união e uma troca química com uma pessoa que não está na vossa sintonia, estarão recebendo todo o lixo dessa pessoa, porque estão trocando energia com muita intimidade.


As frequências são transmitidas de uma pessoa para outra, especialmente se houver uma ligação de amor.
Com a elevação da corrente eléctrica, os orgasmos vão ficando cada vez mais intensos e longos. O orgasmo cura e realinha o corpo físico.
A ligação sexual é a única forma de comunhão total com pessoas que estejam na mesma voltagem ou em voltagem compatível.
Quando se redefinirem, quando os filamentos de códigos-luminosos lhes derem uma nova definição de si mesmos, vocês vão mudar o vosso comportamento sexual.
Nos próximos anos, a expressão da vossa sexualidade terá adquirido toda uma nova dimensão. Irão evoluir e crescer, se tiverem um companheiro que também queira seguir pela mesma estrada e estar tão aberto.


BARBARA MARCINIAK, Mensageiros do Amanhecer

29 outubro 2005

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ROSA PARKS

Os pioneiros são os meus heróis! Em especial, aqueles que, sem rede de fundo nem qualquer suporte visível a não ser a coragem e a fé naquilo em que acreditam são capazes um dia de se erguer na linha de fogo e clamar: Basta!

Assim aconteceu com Rosa Parks(1913-2005), uma mulher de origem humilde e raça negra que, no dia primeiro de Dezembro de 1955, em Montgomery, Alabama, decidiu permanecer sentada num lugar de autocarro que, segundo a lei então vigente, estava prioritariamente destinado a brancos. Nos autocarros de então, as quatro primeiras filas eram reservadas exclusivamente a brancos, e as filas de trás aos negros. No meio existia uma secção que os negros podiam igualmente utilizar condicionalmente pois se, por qualquer motivo, um branco se sentasse numa das filas, todos os indivíduos de raça negra que nela estivessem porventura acomodados, deveriam imediatamente desocupar os seu lugares.
Rosa Parks, uma humilde costureira, cansada após um dia de trabalho, decidiu que o trilho da segregação opressora terminava ali! E fê-lo com simplicidade, mantendo-se sentada quando a ordem de valores estabelecida, absurda e desumana, lhe ordenava que se levantasse.
Foi presa e pagou multa. Esse é o detalhe sem importância. O que realmente contou foi que o seu comportamento corajoso levou à fundação de Montgomery Improvement Association, dirigida por um jovem pastor cujo nome ficou para sempre associado à causa da Liberdade e da Fraternidade: Martin Luther King.
A associação levou a cabo com êxito um boicote de 382 dias à companhia proprietária dos autocarros ao chamar a atenção do mundo para a causa de Rosa Parks e de Luther King. Através de uma decisão do Tribunal Supremo, foi finalmente abolida a segregação racial nos transportes públicos.



Rosa Parks viveu longamente e trabalhou sem cessar por uma melhoria das condições de vida dos negros.
Aquele primeiro episódio no autocarro, porém, permanece como uma luminária no registo da memória colectiva, a um tempo corajoso e poético na sua inverosimilhança. Serve de luz guiadora para os escuros dias que atravessamos, apontando-nos o único caminho possível perante os sufocos vários de que sofremos.
Talvez seja mais simples do que nos parece. Se queremos o céu, porque haveremos de nos sujeitar ao inferno? Basta decidir olhar para cima e é bom que nunca esqueçamos que no nosso olhar ninguém manda!


MARIANA INVERNO, Notas Diárias à Sombra dos Tempos

22 outubro 2005

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Chaves das Pleiades

O eu é uma composição de muitas formas de vida diferentes, todas compondo uma alma central.
Lembrem-se: fazem parte de um conjunto maior de inteligências que busca expressar-se em muitas realidades. Para compreender melhor todas as versões da realidade, a alma central de vocês possui muitas personalidades, tentáculos e extensões. Assim, não pensem que são “bonzinhos” em todas as versões da realidade. Na verdade, quando são “maus”, algumas vezes obtêm mais informações do que quando são “bons”. Quando são boas pessoas, são por vezes tão ingénuos de que não têm ideia do que está a acontecer.


Há informações gloriosas, desesperadamente necessárias à existência e que se encontram armazenadas aqui, na Terra. À medida que a reorganização da luz ocorrer no planeta, haverá uma fusão em massa de seres muito benevolentes, enaltecedores e afectuosos. Eles virão e actuarão nos corpos humanos.
Vocês manterão ainda a própria integridade e a própria identidade; porém, eles irão fundir-se convosco, do mesmo modo que nos fundimos com o nosso veículo. Eles serão capazes de ter acesso aos códigos e aos números mestres que vocês abrigam dentro de vós.


BARBARA MARCINIAK, Terra - Chaves Pleiadians para a Biblioteca Viva
Ed. Ground, 1995

09 outubro 2005

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MULHER ARDENTE TERRA

Costumo dizer que só na criatividade reside a nossa esperança! Só com novas combinações dos dados já adquiridos e daqueles que venhamos a adquirir, poderemos engendrar a salvação.
Por isso, dedico grande parte da minha energia a desenvolver um PROJECTO em que o conceito de criatividade é a chave mestra para a expansão da consciência, única porta de verdadeira ascensão. Ontem, inaugurámos MULHERES TERRA-MÃE, uma rica e harmoniosa mostra de arte de LENA GAL, uma artista genuina e sincera, muito talentosa, que trabalha incansavelmente na libertação da sua mulher interior.
A sua vida e a sua obra inspiraram-me este poema que lhe dedico como maior carinho e cumplicidade.



Para Lena Gal

Não há voz nem gesto ou corpo que contenha
mais amor e luz que a terra ardente
guarda os meus sonhos ela sustenta a mulher
perene e maga flor delicada
rosa secreta luz caminhante
pelo incerto fio da vida

Guardo choros sou um leito massacrado
de sons trocados e vácuas regras
mas sou também aquela que ainda canta
perplexa
na água chorosa das manhãs sofridas

Sou versos estivais sou colo e embalo
guardo as entranhas e nelas o secreto
o ancestral o tenro o fértil suco
da vida a respirar

Sou a inesperada flor que se soltou
no pântano escurecido dos enganos
Sou perfume e onda doce lagoa
espelho secreto da magicação lunar
Sou peito morno esboço do sonho
que te adormece na noite dos terrores

Escuta os sussurros a relembrar
o dia antigo do abraço e da magia
Esvoaça borboleta acolhe-me
Ó terra ó mãe sem par resguarda-me
nesse teu ventre na mornidão
geradora dos louros frutos

Abre-te coração abre a portada
vislumbra a glória eterna
de ser mulher descalça e desnudada
trasbordante como o tesouro
que a flor de lótus esconde no seu seio

Varre-me incendeia-me o corpo ó terra
abre-me à noite sem fim dos teus mistérios
pois
não há voz nem gesto ou corpo que contenha
mais amor e luz que a terra ardente


MARIANA INVERNO (n.1950)

02 outubro 2005

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Janela Pessoana

Uma vez mais, a implacável lucidez de Pessoa. A alma sabe, no entanto, que tudo pode adquirir outros contornos. Resta saber à custa de quê...

A única realidade social é um indivíduo, por isso mesmo que ele é a única realidade. O conceito de sociedade é um puro conceito; o de humanidade uma simples ideia. Só o indivíduo vive, só o indivíduo pensa e sente. Só por metáfora ou em linguagem translata se pode aludir ao pensamento ou ao sentimento de uma colectividade. Dizer que Portugal pensa, ou que a humanidade sente é tão razoável como dizer que Portugal se penteia ou que a humanidade se assoa.
(...) Sendo o indivíduo a única realidade social, é o egoísmo a única qualidade real, embora, por disfarces vários e artíficios diversos se construíssem, no decurso da evolução social (não digo do progresso, porque não sei - nem ninguém sabe - se existe progresso) sentimentos altruístas, afinamentos dos instintos.
Para que o indivíduo possa ter uma vida social que lhe seja um elemento de desenvolvimento, ou, em outras palavras, para que a sociedade seja um ambiente favorável ao desenvolvimento do indivíduo, é forçoso que se faça assentar essa sociedade num conceito egoísta.

Assim se formam naturalmente nações. A nação é o segundo elemento social primário. Os homens não se agrupam fraternitariamente senão por oposição. Sempre nos unimos para nos opormos. Isto é, aliás, um princípio lógico: definir é limitar.
Assim como o egoísmo e a vaidade são as qualidades determinantes da vida humana - pois o homem só deveras age para seu proveito ou para suplantar os outros, sendo a guerra a essência de toda a vida (o que já Heráclito havia dito) - assim o egoísmo e a vaidade são as qualidades determinantes dos egoísmos espontâneos chamados nações.


FERNANDO PESSOA, Textos Filosóficos
1915

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