A origem da alma, autoconhecimento e criatividade

"É deveras estranho que tantas pessoas deixem de lado o problema da origem da alma humana unicamente por medo de estarem entrando numa região insegura do saber. [ ... ]Neste domínio, todo esforço para obtenção de conhecimentos é, simultaneamente, uma necessidade moral e um compromisso ético irrenunciável.
A actual configuração da humanidade não permite que se nasça com sentimentos fortes nem com um pensamento aguçado; por causa da alma da consciência, o homem nasce com uma natureza que implica a separação, o individualismo, o egoísmo e a solidão numa escala bem maior do que ocorria com a alma do intelecto ou do sentimento. [...] Cada alma enfrentará dificuldades no decorrer do quinto período pós-atlântico, pois a alma da consciência só poderá desenvolver-se quando passarmos pela prova de superar tais dificuldades.
O auto conhecimento é difícil pelo facto de o homem ser um ente tão complicado. E ele o é por ser vinculado a todos os mundos e seres superiores. O que existe dentro de nós são imagens projectadas do macrocosmo; a nossa organização, os nossos corpos físico, etérico e astral, bem como o nosso eu — enfim, os nossos membros essenciais —constituem mundos dos seres divinos.
O raciocínio puramente intelectual e materialista compraz-se em acreditar que não se pode penetrar no âmago das coisas senão por meio de conceitos abstractos; dificilmente admitirá que, para esse fim, as outras forças anímicas sejam pelo menos tão necessárias quanto o intelecto. Não se trata apenas de uma metáfora quando afirmamos ser possível compreender algo tanto com o sentimento e as emoções quanto com o intelecto.Para o artista, todo o lado externo de sua obra tem de expressar o interior; no caso dos objectos da natureza o interior não coincide com a forma externa, e o génio humano tem de investigá-lo para chegar à sua cognição.
[... ]. Para as criações da arte não importa o que é, e sim o que poderia ser, não o real, e sim o possível."
RUDOLF STEINER(1861-1925)
A competição pelo poder exterior reside no âmago de toda a violência. O ganho secundário sob conflitos ideológicos, como o capitalismo contra o comunismo, conflitos religiosos, como um católico irlandês contra um protestante irlandês, conflitos geográficos, como judeu contra árabe, e conflitos familiares e maritais, é poder exterior.
Hoje soube de algo que me confirma a natureza dos tempos. Há uma espécie de justeza a recair sobre todas as coisas, a arrumar tudo no seu devido lugar. Ainda que esse lugar nos apareça como horrível e incómodo, se for o lugar que lhe pertence, não temos nada a fazer senão constatar.
Pois. Há muito tempo já que os donos desta coisa que é o futebol se mudaram completamente para a sombria área do dinheiro pelo dinheiro, da inconsciência, da alienação e da distracção pelo dinheiro, há muito tempo já que os últimos acordes de idealismo e de causa nobre se extinguiram, assim que a designação de LUZ para a casa

