Poder, Morte e Vida
A competição pelo poder exterior reside no âmago de toda a violência. O ganho secundário sob conflitos ideológicos, como o capitalismo contra o comunismo, conflitos religiosos, como um católico irlandês contra um protestante irlandês, conflitos geográficos, como judeu contra árabe, e conflitos familiares e maritais, é poder exterior.
A percepção do poder como exterior fragmenta a psique, quer seja a psique do indivíduo, da comunidade, da nação ou do mundo. Não existe diferença entre a esquizofrenia aguda e um mundo em guerra. Não há diferença entre a agonia de uma alma fragmentada e a agonia de uma nação fragmentada.
(…) Depois de milénios de brutalidade entre si, entre indivíduos e grupos, hoje é claro que a insegurança que está na base da percepção do poder como exterior não pode ser sanada pela acumulação do poder exterior.
O nosso entendimento mais profundo conduz-nos a outra espécie de poder, um poder que ama a vida em todas as formas das quais se reveste, um poder que não julga o que encontra, um poder que percepciona significado e propósito nos mais pequenos pormenores sobre a Terra.
GARY ZUKAV, O Lugar da Alma
Ed. Sinais de Fogo, 2004
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