AS LIÇÕES DA EXPERIÊNCIA
Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos, e presentes não são promessas. (...)
E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida.(...)
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos.
Aprendes que paciência requer muita prática. (...)
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido, o mundo não para para que o consertes.
Foto: Matilde Campodónico, Uruguai
E, finalmente,
Aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta teu jardim e decora tua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E percebes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida!
E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!
WILLIAM SHAKESPEARE (1547 – 1616)
Nota: Primeira ilustração é uma instalação de 1971, da artista uruguaia Cecilia Vignolo.
Texto retirado do blog PASSO A PASSO (passoapasso.weblog.com.pt)
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