A NOVA CONSCIÊNCIA
"Um mestre não é um Deus, um instrutor não deve ser adorado, devem simplesmente ser respeitados e amados, mas para que isso aconteça é preciso primeiro que o ser humano saiba que a imperfeição faz parte da rota de cada um, sem vergonha nem culpabilidade.
...os humanos gostam de se contar belas histórias. Os humanos não se amam, do mesmo modo que não amam as suas vidas frequentemente sem grande interesse por falta de coragem. Vivem como prisioneiros...dos seus medos, emoções, pulsões e chamam a isso “amor”. Então para sairem dessa angústia que tantas vezes os habita, preferem sonhar com gloriosas incarnações passadas, com vidas noutros planetas ou ainda que esta incarnação é a última de uma curta série, só para respirarem um pouco melhor sem saberem que esta ilusão os torna ainda e crescentemente mais aprisionados.
Na Terra, cada sete anos o ser humano renova os seus diferentes corpos e até o próprio sangue, contendo as memórias de emoções e pulsões passadas e pode, consequentemente, beneficiar dessa mudança. Nesse preciso momento, é-lhe possível crescer e tornar-se outro. Os humanos não imaginam como mudam e se modificam profundamenteao longo de uma simples vida. Deixam de ser os mesmos e por vezes isso cria estranhos reajustamentos entre eles e os seus próximos que não avançam ao mesmo ritmo.
AMOR INCONDICIONAL
Isso(amor incondicional) corresponde à memória de uma Terra ideal mas para abrir as portas da alma de modo incondicional, é preciso sobretudo não nos contarmos histórias. Amar incondicionalmente, sem esperar retorno, é uma forma de crescer muito rapidamente mas a ingenuidade não pode fazer parte desse crescimento. Acreditar que tudo é bom é um pensamento ingénuo, saber que tudo é justo é uma prova de maturidade. Percepcionar o melhor no outro é um acto de amor, não aceitar as suas falhas representa uma fraqueza.
ROBERTO VENOSA
Cada humano está ligado a todos os outros humanos mas não o sabe, já o não sente. Os seus sentidos atrofiados, adormecidos, já não lhe permitem sentir-se unido a toda a humanidade. Contudo, sempre que um ser sofre na Terra ou algures, os corpos subtis de cada um, individualmente, recebem e percepcionam o choque. Nenhum instante de alegria, nenhuma onda de mágoa se perdem. Repercutem-se de uma forma tão subtil que os corpos guardam a respectiva memória até nas partículas mais ínfimas.
O humano está permanentemente habitado pelas alegrias e mágoas, pelos êxitos e fracassos de todos os habitantes da Terra. O esquecimento não reduz o correspondente efeito e, quanto mais o ser humano reencontrar as capacidades de o sentir e percepcionar, mais reconquistará a rota da consciência a despertar, aquela que conduz à verdadeira felicidade.
Os humanos recomeçam justamente agora a tomar consciência da fabulosa energia que pode irradiar de um local ou de um edifício construído de acordo com a grande Vida, com as energias do Céu e da Terra, com o acorde dos sons e dos nomes, com o poder das estrelas. Esse saber, outrora conhecido no planeta Terra foi retirado temporariamente, por receio que a sede de poder dos humanos acabasse por destruir tudo. Um Conhecimento não tem em si mesmo energia positiva ou negativa, cabe ao ser que o utiliza imprimir-lhe a nota."
ANNE GIVAUDAN, Walk-In La Femme qui changea de corps
Editions S.O.I.S., 2001
Tradução de MARIANA INVERNO
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