O SENTIDO PROFUNDO DO EGO
Ao ascender na escala cósmica, ao despertar para novos e cada vez mais espiritualizados estados de consciência, o ser humano ultrapassa o seu egocentrismo. O altruísmo passa a ocupar o lugar do egoísmo, surgindo, pouco a pouco, o sentimento de despaixão ou desapego em relação ao fruto do labor agora realizado como parte integrante do Plano Universal, e não mais como um esforço gratificante no sentido material, ético, social, religioso ou até espiritual.
É uma jornada longa e difícil. O ego encastela-se em cidadelas cada vez mais inacessíveis e inexpugnáveis, camuflando-se muitas vezes em aparências nobres, ressurgindo quando já era certo haver cedido o seu domínio à plena expansão do Eu Supremo.
...a luta travada contra as ciladas do ego, que deve ser vencido pela persistência, constância, vigilância...e não pelo ascetismo, pelo bloqueio ou violência, métodos de efeito de pouca duração.
O caminho do meio é sempre o mais indicado: o bom senso aliado a um desejo sincero são as armas mais eficazes para provocar a transmutação dos reflexos atávicos de sobrevivência e predomínio em autocontrole divinizante.
FONOSOFIA, Ramadi, Editora FEEU, Porto Alegre, 1979
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