ORDEM NASCENTE

Textos poéticos e filosóficos sobre a ordem nascente
A ordem nascente é ainda elusiva e periclitante. São muitos os profetas apocalípticos que auguram o fim dos tempos, e assim alimentam o medo no ser humano, facto que não pode bem servir a humanidade. Mas há, sem dúvida, crescentes indícios, vestígios, sinais que auguram o fim de um tempo, o ruir das estruturas... MARIANA INVERNO

11 novembro 2003

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ECONOMIA SOLIDÁRIA


“Aos poucos começa-se a desvendar o quão ridícula é a forma como a economia se foi construindo e começamos a questionar a nossa forma de estar e o modo como o dinheiro nos influencia e nos "compra" a alma.
Todos somos um todo e parte de um todo.
Todos participamos e somos parte de uma participação global. Todos somos criativos e fazemos parte da criação divina. Desta maneira, se todos nos solidarizarmos, estaremos a contribuir para um todo, com a nossa parte. Ora, na economia convencional, isso não acontece. Como a maior parte das transacções são meramente especulativas (cerca de 95%), podemos ver que anda muita gente a ludibriar outra grande parte da população com algo aparentemente visível, mas que só é uma grande ilusão. Uns têm o esforço do trabalho real que executam, e uma minoria tem o esforço de imaginar formas de "ter" dinheiro, especulando sobre ele.


Na economia solidária, o trabalho é real, e os resultados também. Existem muitas formas de economia solidária que se foram desenvolvendo ao longo dos tempos, à medida que a necessidade o exigia.
O caso do Banco GRAEMEN, é um dos melhores casos, e quem ler sobre ele, ficará bem elucidado sobre algo muito poderoso que se desenvolveu num dos países mais pobres do mundo.
Existem outras formas de Economia Solidária, que se foram desenvolvendo como uma alternativa hegemónica ao capitalismo: a
Autogestão de Empresas pelos Trabalhadores, Fair Trade ou Comércio
Équo e Solidário, Organizações de Marca e Credenciamento, Agricultura
Ecológica, Consumo Crítico, Consumo Solidário, Sistemas Locais de
Emprego e Comércio (LETS), Sistemas Locais de Troca (SEL), Sistemas
Comunitários de Intercâmbio (SEC), Redes de Trocas, Economia de
Comunhão, Sistemas de Micro-Crédito e de Crédito Recíproco, Bancos do
Povo, Bancos Éticos, Grupos de Compras Solidárias, Movimentos de
Boicote, Sistemas Locais de Moedas Sociais, Cooperativismo e
Associativismo Popular, difusão de Softwares Livres, entre muitas
outras práticas de economia solidária.


Já existem algumas lojas de comércio justo em Portugal.
Em português, chama-se Trocal. As pessoas simplesmente fazem trocas entre si,
e registam essas trocas. Este sistema veio oficializar ou formalizar algo
que desde sempre aconteceu entre amigos ou familiares.
Neste sistema simplesmente acabamos alargando o número de pessoas a quem
podemos recorrer se precisarmos de algo. Como não existe dinheiro, não há interesses
(e nós sabemos que os interesses são o que movimentam grande parte do dinheiro).
Tudo o que fazemos é valorizado quer por nós, quer pelas pessoas que nos procuram.
Nalguns países, tornou-se a única forma de conseguir fazer face às necessidades
básicas (na Argentina por exemplo, que foi vítima do neo-liberalismo e das regras
impositivas do Banco Mundial e do FMI, chegando a um colapso económico).
Interessante notar que este sistema foi criado num país de primeiro mundo (Canadá)."


(Retirado de transpessoal@yahoogroups.com)

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